quinta-feira, 30 de junho de 2016

Não importa onde, com quem ou quando, para aprender basta estar atento


Às vezes, pode calhar de acontecer, de você se perguntar “onde deixei aquele menino ingênuo e inseguro?” ou “onde larguei aquela menina romântica e cheia de sonhos maiores que ela?”... Pois é, numa noite dessas eis que me pergunto isso e a resposta súbita que encontro: “pela sua tão almejada profissão, nas páginas infinitas dos seus estudos, pelos pátios dos colégios, nos olhares das pessoas que você conheceu, pelos corredores e capins da universidade...”.
Tem gente que pensa que quando alguém sacrifica coisas para lutar na rotina pelos nossos objetivos - necessários, embora grandes - esqueça o mundo e as coisas abstratas que o povoam, no seio das pessoas - aquele essencial, que é invisível aos olhos - e se torne um ser materialista e egoísta. Bem, pode até acontecer que muitos fiquem assim ensimesmados, mas não acredito que seja assim.
Talvez as pessoas não saibam ou não parem para pensar na quantidade de conhecimentos que o espírito pode adquirir em alguns anos bem vivenciados de uma rotina dedicada – se vivenciados com atenção ao mundo a sua volta e observância de si mesmo. Esse crescimento dentro das pessoas é tão imperceptível que passa desapercebido aos olhos de outras. 
Para mim, a rotina de estudos e pesquisas, de trabalho e de incontáveis relações não só tem me tornado uma intelectual melhor e uma profissional mais competente, mas um ser humano melhor. Aprendi coisas que não sei se aprenderia de outra forma, em outra rotina. 
Aprendi a ser mais segura, e a não ser segura demais; aprendi a acreditar em mim, e a não acreditar demais; aprendi a passar dos meus limites, e a respeitá-los; aprendi a passar noites em claro estudando e a trabalhar sorrindo na manhã seguinte; aprendi a dormir mais e a não dormir tanto; a comer mais e melhor, e respeitar esse momento... Aprendi que tudo tem um momento... Aprendi que às vezes é preciso dar um passo para trás, para na hora certa dar dois pra frente; e também dar dois passos para trás, para dar um pra frente no caminho certo... Aprendi que há coisas que não merecem atenção e há coisas que necessitam de atenção; aprendi a relaxar, e a não relaxar tanto assim; aprendi a dar tudo de mim, e quando não dar tanto assim; aprendi que não é tudo em que se deve dar tudo de si... Aprendi a fazer todo o possível para realizar algo, e a dar um jeito para resolver algo de última hora; aprendi a me parabenizar pelo meu esforço, e a não me julgar pelos jeitinhos que eu já dei; aprendi que não me julgar não significa me acomodar; aprendi a me desacelerar e a me acelerar quando necessário fosse... Aprendi que ver a magia do mundo é diferente de ser lunática, e que ver a bondade dos outros é diferente de ser ingênua... Aprendi que não precisamos aprender tudo sós... Aprendi a pedir ajuda, e quando não pedir; aprendi a dar ajuda, e nunca esperar nada em troca; aprendi a colocar meu conhecimento e a admitir minha ignorância; aprendi a estar em grupo e a estar comigo mesma, em um grupo; aprendi a estar sozinha, a ver a beleza disso e a prova por trás disso; aprendi a exigir de mim, a não exigir tanto assim e quando/ o que exigir dos outros; aprendi a falar e também a calar; aprendi a deixar que o outro se sobressaia, mesmo que eu saiba mais que ele; aprendi que sempre haverá alguém que saberá o que você não sabe e o contrário também... Aprendi que não existe isso de não gostar de alguém; aprendi a gostar de quem gosta de mim ainda que eu não goste; aprendi a não dar atenção ao fato de existirem pessoas que não sabem apreciar o que há de bonito na gente; aprendi a diferença entre recalque e autopreservação... Aprendi a gostar mais de mim à medida que as pessoas gostavam de mim; aprendi a gostar mais das pessoas à medida que eu as via e as ouvia; aprendi a deixar as pessoas falarem mesmo que eu não quisesse ouvir – às vezes elas precisam – e a não ouvir algumas outras pessoas falando – às vezes é o ego delas, não elas... Aprendi a calar minhas vozes interiores... Aprendi que todos somos bonitos, inteligentes e agradáveis de alguma forma... Aprendi a acreditar nas minhas capacidades; que de onde tirei força posso tirar mais; aprendi que sempre se pode fazer mais... Aprendi a diferença entre dar valor ao que fazemos e sermos vaidosos; e que a diferença entre saber que sabe e ser soberbo é muito tênue; aprendi que não precisamos fazer os soberbos descerem de seus pedestais e nem os vaidosos se olharem melhor no espelho, a vida ensina a todos nós... Aprendi a calar o meu orgulho quando outros estavam pisando nele; aprendi que ser humilde é diferente de ser otário. Aprendi que não devemos nos preocupar com as máscaras alheias, e sim com as que usamos para nos enganar a nós mesmos; aprendi que não interessa quem é melhor que quem, porque as pessoas só trocam é de defeito... Aprendi que sim, todos têm defeitos, mas que todos, sem exceção, temos qualidades; aprendi que todos têm algo válido a dizer, ainda que pouco; aprendi que quem sabe menos que eu, hoje, pode saber mais amanhã, e vice-versa; aprendi que toda opinião importa, ainda que não concordemos com ela; aprendi que todo conhecimento é relevante, ainda que  não queiramos aprender; aprendi que minha verdade, pode não ser a do outro, e que devo respeitar o seu modo de ver o mundo; quem sabe eu até goste e mude de visão; aprendi que por mais que não pareça, todos têm algo a nos ensinar... Aprendi que sou pequena. Aprendi que sou grande, mesmo na minha pequenez; e que todos merecem respeito, mesmo nas suas pequenezes; aprendi a me amar mesmo sendo pequena, porque também sou muito grande, e a não me amar demais por isso... Aprendi a medida da minha intensidade, e a medida da minha indiferença; aprendi o tamanho da minha sensibilidade e a cegueira da insensibilidade... Aprendi a me importar com o que é importante; aprendi a me preocupar e a não me preocupar tanto assim; aprendi a me esforçar sempre mais, e a nem sempre me esforçar tanto assim... Aprendi que existe a medida certa, mas que cada um tem uma, e todas devo respeitar. Aprendi que quanto mais sei, mais quero saber; que quanto mais li, mais tenho que ler; que quanto mais escrevi, mais posso escrever; e que quanto mais aprendi, mais devo aprender. Aprendi que às vezes também é preciso desaprender. Aprendi que vivo aprendendo todas essas coisas e muito mais, que nunca isso vai parar e que nada tem de exaustivo, porque aprendi que cansaço passa e a transformação fica. Porque aprendi que nada é em vão, tudo tem um propósito na harmonia do universo. Mas aprendi que por mais que tudo tenha propósito não devo ficar paranoica, nem ansiosa, nem intensa demais... Aprendi a zerar, a relaxar, a deixar estar... ZzZzz -_- Aprendi que não precisamos provar o que estamos sempre aprendendo. Aprendi a ser, e querer ser, sempre melhor, sem dor, sem estresse, sem perder de sorrir.



Manuella Mirna

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pulsos


Uma luz amarela entra pela fresta da janela 
Há um contato temperado do meu braço em tua pele macia
Hoje vejo com claridade o que antes não via
Seus olhos me abrem
Frestas, janelas, portas, bocas, braços, pernas


A luz esverdejante dos teus olhos penetra tudo
Em mim
Inebria minhas fechaduras me fazendo pulsar
Pulsar a um ritmo novo
Instaurando teoremas e axiomas
Belamente, me é inexplicável


Pulso que rompe barreiras e atravessa fronteiras
Hoje vejo mais do que antes via
Seus olhos
Essa luz esverdejante
Por eles, para eles, com eles
Eu   v e j o
Eu   s  in  to
Eu   p
    u
 l
s
o...

M&H
Manuella Mirna




segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Nós (1)

Vejo castelos e cores de anil
Estrelas e os pincéis que o pintaram.

Vejo teus dedos e tua expectativa
Traços e sonhos que me oferece.

Vejo o primeiro dia, do primeiro olhar, do primeiro olá, do primeiro adeus.

Vejo os outros dias como uma consequência destinada desse nosso olhar
Cada mão e beijo e abraço e palavra
Cada castelo e cores e estrelas que desenhamos pra nós.

Tudo, tudo aquilo, tudo isso e tudo disto
O ontem, o hoje e o amanhã
Se anunciam para nós como atos encadeados de um destino sinfônico.

Nenhum passo em falso
Tudo em improviso e surpresa harmonicamente combinadas.

Dados lançados
Quem age não é o acaso 
As peças estão marcadas pra nos dar.

Peças que se encaixam entre si
Do destino nasce "eu & você"
Não dois, mas um
Um pronome plural monossilábico, indestrutível e indivisível.

Eu & você se confunde no plano de um só
"Nós"
É o que somos, é do que se trata: dois em um
Em harmonia e consonância de uma sinfonia autoral, irrepetível e inédita.

Nós, Manugo, como nasceu pra ser e não se desfazer.

Nós bem dados no laço invisível que nos atou para nunca mais soltar.


M&H
Manuella Mirna

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

... quero teu outro no meu eu.

Se me dissessem que eu conheceria um cara de olhos verdes e fiéis, de sorriso de encanto e romance, que nossa vontade seria a mesma, nossa sintonia seria simples, nossa entrega natural e nosso amor seria sinônimo de paz, eu esperaria o tempo que fosse pra encontrar.
Ninguém me disse, mas mesmo assim esperei o cara certo. No fundo eu acreditava que encontraria e, quando te ví, eu sabia, era você!
Tão inesperado, tão inacreditável, tão simples e doce...
Eu ví acontecer nos filmes que me faziam sonhar o que tenho contigo, mas que isso seja real é divino... é meu sorriso matinal e meu suspiro no meio da tarde, é meu sonho acordada e dormindo, é nosso direito de amar e sermos amados se tornando fato todo dia.
Entre tantos outros, entre tantos olhos e vozes, entre tantos desencontros, eu fui encontrar logo o teu outro, os teus olhos e a tua voz.
O teu outro me trouxe a conhecer um sentimento profundo e lindo que eu não conhecia.
Me deu a conhecer sensações e prazeres que eu tinha escolhido não conhecer ainda.
Teu outro me deu tu, inteiro, dia após dia, em mãos, olhares, palavras e gestos, para mim.
Eu achei em teu outro muito do que há no meu eu e em ninguém em achava.
Eu me achei em ti e te encontrei em mim.
Há coisas que só eu sinto e só eu vejo, e em ninguém eu encontrava refúgio.
Há coisas que só tua vias e sentias e em pessoa nenhuma encontrava compreensão.
Quando nos vimos, oh meu bem, soubemos instantaneamente que o encontro não foi dado ao acaso, sabíamos ao nos olhar o quanto eramos raros e especiais um pro outro, e em pouco tempo ficou claro: estávamos de frente a nossos reflexos no espelho, você era eu e eu era você.
Mudados e transformados pelo tempo e pela vida individual, em molduras, formas e novos ângulos, mas ainda tão parecidos a ponto de nos identificarmos, de encontrarmos eco e reflexo no próprio sentimento e pensamento.
Ao mesmo tempo, ao teu lado conheci coisas e situações que não estavam em mim ou no meu mundo, coisas que me fizeram perder o prumo, mas não o rumo.
Por tentar controlar e entender, resolver o que precisava e não precisava de resolução, eu me perdi de mim. Com tanto desconhecido batendo contra minhas armaduras, não tardou para eu me sentir impotente, de impotente a insegura; insegura com o que não conhecia e nem entendia, com o que não imaginava e não queria. 
Mas me importei demais, explodi com água com olhos.
A suposta heroína aprendeu mais do que imaginava sobre si e o mundo, e aprendeu o principal: não importa o que, nós sempre estaremos bem, juntos.
e assim, em ti, meu espelho, conheço mais de mim e descubro mais de ti.
Mesmo nas nossas molduras diferentes, formas diferentes, ângulos diversos, ainda é a mesma imagem, a mesma essência, o mesmo reflexo no espelho em novos e diferentes ângulos.
E dos vário ângulos tu me viste, eu te ví, nos enxergamos, nos identificamos. 
Através.
Passamos a enriquecer nosso entendimento sobre as imagens do espelho, a tua e a minha, e criamos uma outra com o passar de cada dia: a nossa, de nós dois. 
Desde o primeiro olhar, sem demora; desde o primeiro cruzamento do destino feito para nos enlaçar, invisivelmente laçados para nunca mais soltar.
Sei que temos muito ainda a conhecer - porque no amor nunca cessa a descoberta, e com ela o encanto. São muitos ângulos de cada espelho, molduras disponíveis e as formas todas que, talvez, ainda não vimos. 
Mas nisso não há agonia ou engano, sinto conforto, me sinto abrigada. 
Sei que tu também.
Pois é a mesma imagem se refletindo, diferentemente, o mesmo reflexo irradiando em vários ângulos.
Um prisma, um caleidoscópio perfeito.
E eu sei, mais que antes, que quado outros feixes de luz e sombra incidir sobre nossos espelhos, não preciso temer, pois sei que ainda seremos nós, eu e você, juntos, os mesmos e melhores, com a vontade sintonizada e cada vez maior de se amar.
Outras sombras nunca apagarão nosso reflexo encantadoramente combinado.
E eu só sei que quero teu outro no meu eu, cada dia mais.
Quero que a gente se reflita, se reveja, se conheça, se reconheça, se misture.
Eu quero teu outro no meu eu.
Te conheço melhor do que ninguém, pois vejo teu reflexo em mim e te amo hoje como sempre quis que alguém merecesse este amor, e sinto que te amarei mais, por todo o nosso sempre.
Eu quero teu outro no meu eu, ontem, hoje e para todo o nosso infinito jeito de amar.

M&H

Manuella Mirna

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

... que fique só o que é bom, belo e sólido

O vento passa.
E ele quer levar tudo.
Tudo que não pertence mais a você, 
tudo que não se encaixa mais em você e na sua história,
Embora!! 
Então, deixe o vento levar.
Deixe que fique só o que é bom, belo e sólido!
Solte as amarras do seu passado, 
das coisas que não constroem, 
do que não te leva pra frente, 
do que te faz perder tempo,
do que não cabe em você,
dos maus hábitos, 
das falsas amizades, 
das superficialidades da vida, 
do que não faz bem as pessoas que te amam... 
Enfim, se concentre no seu presente!!! 
Em tudo de lindo que a vida trouxe até você!
perceba o quanto você é sortudo,
porque a vida espera o momento certo pra te trazer as coisas e as pessoas certas, 
o momento em que você poderia cuidá-las e valorizá-las.
Esse momento é hoje! 
Cuide do que te faz bem, 
do que é raro,  
do que é seu e só seu, 
do que sonhaste sempre, 
do que te promete um futuro belo e planta diariamente um presente assim.
E, então, feito isso, se concentre também no trabalho diário para construir seu futuro tão desejado!

Mas lembre-se, para quem acha que o momento de hoje ainda não está como deseja, tenha paciência e faça sua parte. Talvez lá na frente você perceba que o que tens já é exatamente o que precisas. Ou então, a vida está indo aos poucos, de dose em dose, para te dar aquilo que almejas.

Dê valor a quem te dá valor e valorize sua vida!

Manuella Mirna

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Nossa saudade

Bem meu, saudade...
Saudade do teu braço, do teu abraço, do teu ninho...
Do teu olhar, daquele teu olhar apaixonado, daquele teu olhar travesso...
Dos teus sorrisos...
Saudade do suspiro apaixonado e da fluência natural que temos juntos...
O tempo passa tão rápido quando estamos juntos, e se eu pudesse eu pausava o mundo com você...

Porque quero contigo meu agora e meus sonhos.
Porque contigo eu sinto eco na minha forma de ver o mundo, és meu espelho, em moldura, formas e ângulos diferentes dos meus, mas a mesma imagem refletida, a mesma essência.
E assim, contigo, a magia que eu enxergo na vida toma uma forma e um sentido mais colorido.
Tu me vês e me entende. O que não entendes, colocas os meus óculos e buscas apreender com teus olhos.
O mesmo faço contigo: te olho e te compreendo, me admirando e me encantando com teu jeito de sentir a vida. 
Às vezes nos esforçamos mais, e buscamos ver o mundo pelo ângulo de cada um, pela forma diferente do espelho de cada um. Mas tudo flui, como sempre, vendo pelos olhos um do outro passamos a enxergar melhor o que não compreendiamos, e tudo serena, porque somos a mesma imagem, a mesma essência, que se olha e se reflete em um espelho com outra forma e ângulo.

Saudade de ti... 
Mas como é bom sentir saudade de alguém que é tão lindo e especial...
Não me sinto triste longe de você, a saudade vem e nela eu me aninho, pois estamos perto um do outro, você está em mim e eu sei que estou em ti!
Eu te amo.

Manuella Mirna

M&H

sábado, 7 de setembro de 2013

Se é Amor...

Tantos medos, tantas inseguranças, tantas teorias criadas para me proteger...
Pelo que não valia a pena fechei portas até mesmo para o que vale...
Tanta reserva em amar para não sofrer, em não se entregar para não me perder, em não te ter para nunca ter que te perder...
Ando cansada de todo esse meu manual de sobrevivência, que teima em me impedir de viver, justo agora que vale a pena, em plenitude meus sentimentos e sonhos, me impede de viver de A a Z e de 1 a infinito o que sinto por você, o que vejo em você, o que quero para nós dois.

A verdade é que se eu pudesse... ah, se eu pudesse...
Eu empacotaria teu abraço, para nunca sentir falta do teu aconchego.
Eu emolduraria teu olhar, para nunca deixar minha armadura vacilar na certeza de que amas.
Eu gravaria teu beijo, para fazer download todos os dias da nossa linda meiguice e pura malícia.
Eu pausaria o tempo quando a gente só para e olha um para outro, porque eu tenho certeza que tudo para ao redor...
Eu escreveria um livro com tudo que me falas e anotaria todas as tuas atitudes, para ensinar como a gente está sempre aprendendo sobre amar de verdade...
Eu escreveria num caderninho todas as tuas mensagens, para ler à noite antes de dormir, e sonhar com a história de amor entre meus dedos.

Feliz, que não está só nos meus dedos, está em mim, em você, em nós dois, na nossa cumplicidade, nos nossos risos travessos, nas nossas conversas sinceras, nos nossos silêncios que falam tanto do que eu preciso saber...
Meu bem, meu lindo, meu riso é tão feliz contigo...
Que isso nunca mude, só aumente, só melhore, só nos faça mais e mais feliz: é isso o que quero, para o café, almoço e jantar.

Porque se é Amor, aquele amor que te disse o que é ontem, amor de verdade mesmo, ah querido, esse nunca acaba.

S2    M&H

Manuella Mirna

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Conquista

Adoro suas mãos e braços, porque eles me trazem seu abraço.
E também sua boca, só porque ela me ensina seus beijos.
São lindos seus olhos verdes, mas muito mais são seus olhares de apaixonado e de atenção.
Amo tudo que me traz você, em profundidade e entrega da sua alma, do seu eterno amor.

Me conquiste todos os dias:
Me encante com palavras.
Me surpreenda nas atitudes.
Consolide o que sente por mim em cada momento eterno de nós dois.
E então serei sua para sempre e sempre.

S2    M&H

Manuella Mirna

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Nós(so)

Se me contassem uma história assim eu não acreditaria. Acharia fofo, lindo, ótimo pra fazer uma música á la C.Falcão e bombar no tio tube.
Mas não, não me contaram.
Eu ví, estou vendo, você amanhecer pra mim.
Eu senti, estou sentindo, você acontecer aqui.
Eu vivi, estou vivendo, você e eu, assim.
E todas as teorias que eu tinha sobre isso estão à prova.
Você me colocou num terreno novo.
Me trouxe pela mão para uma terra desconhecida, que sempre escrevi sobre, sempre opinei e por tempo até evitei de ir, por mais que mil mapas eu tivesse.
Aqui estou, de turista à nativa, dia a dia, pouco a pouco, sem querer ir embora.
Alguns dirão que somos loucos, nós respondemos com nosso olhar, com nossas mãos dadas, com nosso sorriso cúmplice, com a plena certeza e satisfação de estar onde estamos: não somos, mas se isso é loucura, quero viver para sempre assim.
Expectativas, planos, teorias... medo, reservas, desconfianças... e daí? Isso não tem me feito fugir até aqui.
Você me ensina dia a dia como viver, o nosso jeito.
"Você sacou a minha esquizofrenia e manerou na condução"
Nossa condução, nosso jeito de dançar, de andar, de parar, de avançar, de sermos nós, intensos e plenos, por todos os instantes eternos que temos e queremos ter.
Eternidade? Conceito fugaz, banal, tema de bossa nova. Mas "para nós? Todo amor do mundo", até que... até quando? Respondemos pela eternidade dos nossos dias. Nossos. Sem contar o tempo, se perdendo na noção que antes tinhamos de tempos, relógios e calendários. Criamos nosso universo paralelo desde o dia em que nos conhecemos. Não foi proposital. Mas nossos olhos e ouvidos, nossas bocas e mãos, nosso sentimento e razão dançam num compasso sem precedentes, criam uma coreografia nova, todo dia, nos surpreendendo com a contagem que se faz eterna do nosso jeito de sentir.

E quando estou com você... quando paro e olho pra você... quando me dou conta de nós dois...
Sinto paz. Aquela nossa paz de coração.
Sinto certeza. De que nenhum lugar é mais certo de eu estar que ali, nos seus braços.
E te chamo de meu bem porque é bem o que você me traz.
E te chamo de meu lindo porque é cada vez mais lindo quem você me faz apreender.
E quando penso em nós dois... é em Amor que em penso!

"Como dois estranhos, cada um na sua estrada, nos encontramos numa esquina, num lugar comum" e decidimos levar a bagagem um do outro e o que mais estiver à mão. E vamos levando... Quem sabe por quanto tempo, quem sabe pra onde... Você me diz que sabe... E então eu paro de pensar, de cogitar, de duvidar, de desconfiar e querer provar. Eu paro, paro e confio, no que vejo e sinto e penso e vivo, em Nós(so) dois.

S2    M&H

Manuella Mirna 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Não é brincadeira,nunca foi

Toda brincadeira tem um fundo de verdade"... aprendemos isso desde garotinhos.
Mas quando somos adultos e continuamos dizendo brincadeiras, elas são a forma que o inconsciente arranjou de dizer as nossas verdades não admitidas. São coisas que não assumimos para nós mesmos, que temos medo de tomar como verdade e é por isso que brincamos com elas, na velha brincadeira de criança de dizer verdades.
Um dia, talvez, se estará pronto para assumir essas verdades e elas vão passar de brincadeiras a realidades assumidas. Mas na hora certa, quando os adultos estiverem maduros como as crianças, que dizem as verdades que  nunca pensamos ouvir.
Não sei se é sempre assim, nós brincando de dizer verdades, provavelmente não é, tudo tem suas exceções e suas relatividades... o tempo, o momento certo, o sentimento, tudo - ou quase tudo, se não se quer aqui construir absolutismos. Que seja assim: só um pensamento, da vida que passa, um sentimento de um momento, uma verdadezinha no vão de várias outras, não uma opinião imutável sobre tudo.

Manuella Mirna

Sou-Eu-Arte

Algumas pessoas pensam que só podemos falar de algo que efetivamente e absolutamente praticamos. Mas o que seria do mundo se todos esperassem ser experts para falar de alguma coisa ou apreciar algo? Seria um buraco oco e mudo infinitamente melancólico.

Eu mesma, não sei se sou artista no sentido lato do termo, com todos os pré-requisitos e parâmetros que o ofício em teoria exigiria... Também não sei se para ser artista é preciso tanta oficialidade assim... O mundo já é todo tão caixinha e burocrático... Penso que a Arte é justamente aquilo que vai contra a corrente, desafia as leis e ordens, as regras de decifração do mundo; desafia o mundo e a nós próprios, nos desafinando para que melhor nos afinemos; desafia o próprio artista que a pôs em circulação. Ela jamais se fecha, ela tem vida própria depois que criada e isso nenhuma lei oficial ou carteira de trabalho pode conter!

Bem, acho que ser artista vai além desse título oficial, bem como a Arte vai além de mais uma profissão institucionalizada que acaba na descrição paragrafal de uma universidade.

Então, sem pedir licença nem nada, eu falo Arte! Não sei se certo ou errado e acho que não há isso. Acredito que sou artista sim, não sei se boa ou ruim, mas isso não me importa, não mesmo. O que me importa é o que Sou a partir da Arte; o que me encontro sendo; o que me defino com ela; o que crio a partir dela; como sou mais completa com ela; como meu olhar através da Arte é mais Meu, pois quando olho para algo, não sei como é olhar somente, sem pôr Arte nisso. Digo, sem aquela Sensibilidade inata ao Ser que é tão vital quanto a respiração, que se me falta eu sufoco, que envolve e influencia a tantos - como a música -, que vê além do que existe trivialmente - como meus olhos!

Necessito da Arte e me misturo com ela. Primeiro por mim, para satisfazer a minha própria crise identitária de encontro com meu ser, de satisfação do meu ser, que nem sempre as coisas lá fora conseguem suprir. Depois pelo Outro: penso em arte como a tentativa de um ser humano fazer sorrir a outro ser humano, a tentativa de um elevar ao outro, a tentativa de um ser humano despertar as coisas mais belas no outro, mesmo que se faça isso a partir de uma estética bruta ou grotesca - nos termos de V. Hugo -, o objetivo final é o Belo, se não esteticamente, sim interiormente, na Alma do sujeito, a busca da Transcendência do que há de melhor no ser. A arte aspira a elevar a espécie! Nós precisamos disso. Precisamos dela. É o que o homem quer e mais deseja de si, mesmo que ele não saiba e não busque isso conscientemente, ele quer o melhor protótipo de si mesmo. Para que ele possa Ser Arte também, para que ele possa inspirar e ser inspirado pela própria espécie!

A prática da Arte advém desses pré-requisitos, não da formação acadêmica, da assinatura da carteira de trabalho, do reconhecimento em outdoors e top-5 das rádios, a Arte está aí, para (se) dar de graça, para ser em Essência, para se doar para quem tenha capacidade de recebê-la, de Sê-la e Doá-la novamente ao mundo, num ciclo Encantado de Vida e Arte.

Manuella Mirna

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Último latim pra ele

Foram lágrimas e decepções com ele. As alegrias não tinham mais vez.
Ele não quer deixá-la ir. Não quer vê-la ir. Quer ela ali, para sempre.
Mas não pode estar ali para ela...
Relação profissional?

Ela esbraveja dentro de si (e depois em seus ouvidos e olhos surpresos de sinceridade):
"Relação profissional? Antes de ser profissional ou pessoal eu sou humana. Eu não sei evitar minha humanidade.
Eu não saberia olhar para você sem me lembrar daquela garota e daquele garoto que estavam alí meses atrás, com brilho nos olhos, meio bobos e apaixonados; sem me lembrar da pessoa que você era aos meus olhos; do amor e da pureza que eu te dedicava. É um cenário que não preciso reviver ou estar [para sentir a dor que já me abrasa.]
E não porque me faz sofrer, porque não faz. Mas porque é um cenário que não se encaixa mais nas minhas memórias, que não condiz com a minha realidade. A história que você escreveu tão lindamente e não viveu, me deixou viver sozinha, não cabe mais na vida real. Sim, porque essa história que você pintou pra mim não é mais real, talvez nunca tenha sido.
Você não está mais na minha vida e não tem porque essa figuração mal ensaiada entre o nós, do papéis que costumávamos ser. Sejamos realistas e verdadeiros, não 'profissionais' - e falsos. Não estou mais na sua vida. Você quis assim, então me deixe ir embora de vez e não me faça ficar revisitando as memórias de um cenário que não pode caber mais em mim."

Manuella Mirna

sábado, 26 de janeiro de 2013

"veja bem, meu bem"

Você não pode vir.
Não vai chegar agora, nem amanhã, nem tão cedo.
Não adianta esperar grandes surpresas, a vida é real, um conto de fadas às avessas.

Então arrumei uma companhia e pus no teu lugar.
Não se preocupa, não é bem no teu lugar... é do meu outro lado, não o seu.
Ela está cada dia a mais comigo, e não posso mandá-la embora,
Se me despeço dela, digo adeus também a você, e não quero que se vão os dois.

Ela tem um bonito nome e é muito famigerada,
Alguns não podem com ela, dizem que ela os faz sofrer,
Outros a procuram, por uma certa dose de drama.
Meu caso é outro, bem diverso: ela simplesmente veio, se aboletou ao meu lado, sem pedir licença nem referências... não sei seu paradeiro, mas ela me toma com a propriedade de quem me conhece há anos.

Não se ofenda, amor...
Você não vai, não tem porque, pois quando você voltar mando ela embora.
Essa tal companhia inconveniente, te apresento: é a Saudade!
Muito fiel desde que você se foi... ela está na ausência que você deixou;
É uma ótima ouvinte... me deixa vagar livre por meus pensamentos mais sinceros;
Me faz rir muito... quando lembro do riso que você me abre;
Mas me faz ficar triste também, meu bem... por cada dia a mais que te quero e você não vem.
A Saudade nem sempre é boa comigo.
Mas ela te trouxe pra tão perto de mim desde a tua partida, que eu posso agradecê-la todos os dias e dizer, sem negar certo tom de masoquismo: "fique, ele ainda vai demorar a chegar!"

Manuella Mirna

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sem desculpas

Eu ando me devendo desculpas,
que eu não sei mais pedir a mim,
esqueci como se faz pra se sentir bem...

É que nenhuma desculpa serve mais,
já estourei meu tempo para justificativas,
não há outras mais...

Não posso negar esse rádio quebrado,
essa memória passada da validade,
esses ouvidos que despertam ao som da tua voz,
esses olhos que te procuram...
esses braços que te necessitam...

Eu acho que já me perdi entre o bom senso e o gostar de te amar...

Manuella Mirna